Em estudo realizado pela Ipsos e pelo Google, o desejo do consumidor médio de manter seus dados pessoais privados é mais importante do que o desejo de comprar em suas marcas preferidas. A pesquisa mostra que entre os entrevistados, metade deles (16 mil) dos Estados Unidos, México, Canadá e Brasil, optaram pela privacidade.
O mesmo estudo mostra que quando uma experiência de privacidade é ruim, a marca deixa de ser confiável. Assim sendo, neste ano de 2023, o que terá mais importância no cenário é como a marca lida com os dados de seus clientes e com a privacidade em geral.
É preciso mais do que um controle real para fazer com que seus clientes sintam que têm a palavra final sobre os próprios dados. Além disso, eles também precisam de respostas como: Como e quando os dados estão sendo coletados deles? Por que eles devem compartilhar dados específicos? E quais benefícios eles irão receber em troca do compartilhamento de dados?
Uma outra pesquisa realizada, também pelo Google, no ano de 2021, os consumidores atuais desejam que suas marcas se encaixem nos seguintes critérios:
- Que as interações tenham algum benefício;
- Querem transparência;
- Desejam um relacionamento pessoal com a marca.
As pessoas entrevistadas ressaltaram que estariam dispostos a mudar de uma marca favorita para sua segunda opção se essa oferecesse uma melhor experiência de privacidade. A pesquisa também revelou que uma experiência de privacidade ruim com uma marca pode levar ao comprometimento da confiança nessa marca, especialmente a longo prazo.
Hoje em dia, os consumidores querem mais das marcas das quais compram do que, somente, ótimos produtos e serviços incríveis nos quais podem confiar sua qualidade de vida. Eles também querem sentir que têm relacionamentos pessoais com suas marcas preferidas.
Em um relacionamento pessoal com alguém nós desejamos, também, sentir que pode confiar informações confidenciais que escolheu compartilhar com essa pessoa. É uma base da relação. Assim sendo, quando se trata de consumo essa opinião segue a mesma. Os clientes preferem marcas que não apenas levam a sério questões como privacidade, mas que também permitem que seus clientes decidam por si mesmos como seus dados são usados.
Essa preferência crescente está alinhada com outros aspectos da mudança mais ampla em direção à privacidade de dados no marketing. Os exemplos incluem a ênfase em experiências personalizadas do cliente e a eliminação gradual de cookies de terceiros em resposta às novas leis de privacidade.
Ofereça sensação de controle aos seus clientes
Um foco crescente na privacidade está em andamento há anos e a abordagem atual do mundo do marketing aos dados é a prova disso. É comum que os consumidores modernos possam fazer coisas como cancelar facilmente a inscrição em listas de e-mail e decidir como (e se) as marcas usam cookies para rastrear seu comportamento.
No entanto, os proprietários de negócios experientes entendem que é preciso mais do que apenas controle real para fazer com que seus clientes sintam que têm a palavra final sobre seus dados. Eles também querem respostas sobre:
- Por que eles estão sendo solicitados a compartilhar dados específicos em primeiro lugar?
- Quando (e como) os dados estão sendo coletados?
- Quais benefícios eles podem esperar receber em troca de compartilhar seus dados?
Os consumidores da era digital não gostam de se sentir “vendidos” quando se trata do material de marketing ao qual estão expostos e nem estão acostumados a isso. Além disso, essa abordagem não é realmente eficaz para inspirar as pessoas a entregar seus dados com satisfação.
Os clientes querem experiências! E que estas sejam significativas, divertidas, úteis e com um conteúdo de marketing que traga este valor diferenciado e personalizado sem “dar na cara” que é um marketing de venda. Algumas maneiras de oferecer isso incluem personalizar a publicidade de acordo com os interesses de seus clientes, ajudando-os a economizar ou possibilitando que aproveitem melhor seu valioso tempo.
Os consumidores da era digital demonstram os mais altos níveis de fidelidade à marca em relação a empresas que não têm medo de construir confiança sendo transparentes e diretas sobre as informações que coletam (e para que são usadas). Você pode seguir o exemplo evitando políticas de privacidade muito longas e oferecendo informações importantes em linguagem clara e concisa, que seja fácil de digerir.
As pessoas estão mais preocupadas com seus dados do que nunca porque não querem que eles sejam vendidos sem seu conhecimento ou mal utilizados. Afinal, seus clientes querem sentir que têm um relacionamento pessoal com sua marca e que você se importa com eles. Ou seja, você não usa indevidamente informações que pertencem a alguém de quem você gosta.
Os consumidores são mais propensos a responder positivamente aos esforços de marketing quando podem opinar sobre como são contatados, com que frequência e em quais contextos. Eles também querem poder revisar (e ajustar) como seus dados estão sendo usados. Dê isso a eles, e eles estarão muito mais propensos a compartilhar com você.
Em 2023 e além, as campanhas de marketing mais bem-sucedidas darão aos consumidores a maior sensação de controle sobre o que compartilham (e quando). Isso é melhor realizado por meio de esforços de marketing que transmitem transparência, abertura e valor.
Gostou do conteúdo? Continue conosco e saiba mais sobre marketing e suas nuances.